Seguidores

CONVITE À REFLEXÃO


****QUERO VOLTAR A CONFIAR!**** 


Fui criada com princípios morais comuns:

Quando eu era pequena, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração. 

Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto.

Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades…

Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade…

Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror…

Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. 
Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão.
Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos.
Não levar vantagem em tudo significa
ser idiota.
Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores…
O que aconteceu conosco?
Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas.
Que valores são esses?
Automóveis que valem mais que abraços, 
Filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano.
Celulares nas mochilas de crianças.
O que vais querer em troca de um abraço?
A diversão vale mais que um diploma.
Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa.
Mais vale uma maquiagem que um sorvete. 
Mais vale parecer do que ser…
Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?
Quero arrancar as grades da minha janela para 
poder tocar as flores! 
Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão!
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a vergonha na cara e a solidariedade
Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-
olho. 

Quero a esperança, a alegria, a confiança!
Quero a esperança, a alegria, a confiança!
Quero calar a boca de quem diz:
“ temos que estar ao nível de…”, 
ao falar de uma pessoa.
Abaixo o “TER”, viva o “SER”
E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, 
leve como a brisa da manhã! 
E definitivamente bela, como cada amanhecer.
Quero ter de volta o meu mundo simples e comum.
Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. 
Vamos voltar a ser “gente” 
Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas.
Utopia? 
Quem sabe?...
Precisamos tentar…
Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem…
Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!


*******************************************************








****A MULHER DEPOIS QUE AMA**** 
**************************************************************
Uma coisa especial ocorre com a mulher depois que ama.

Reparem, estou dizendo: Depois que ama.
Não estou me referindo a ela enquanto está no ato do amor.
Disto se pode falar também, e a literatura a partir do romantismo e depois o cinema, modernamente, já tentaram de várias formas simular na relação amorosa como a mulher suspira, se contorce, desliza as mãos e entreabre a boca do corpo e da alma.
Mas, quando digo "depois que ama", refiro-me ao estado de graça que a envolve após o gozo ou gozos, e que perdura horas e horas e às vezes dias.
Fica macia que nem gata aos pés do dono.
Mais que gata, uma pantera doce e íntima.
Sua alma fica lisinha, sem qualquer ruga.
A vida não transcorre mais a contrapelo. 
Desliza... 
Ela tem vontade de conversar com as flores, com os pássaros, com o vento. 
Sobretudo, descobre outro ritmo em sua carne.
É tempo do adágio, de calma e fruição. 
Neste período, aliás, o tempo pára.
Em estado de graça ela se desinteressa do calendário.
O cotidiano já não a oprime.
É a hora de uma ociosidade amorosa.
O fato é que a mulher nessa atmosfera sai do trivial, se angeliza e glorificada, pervaga pela casa.
O homem, animal desatento, às vezes não se dá conta.
Em geral, nunca se dá conta.

Ou dá-se conta nos primeiros minutos após o ato de amor, 
e depois se deixa levar pela trivialidade, deixando-a solitária em sua felicidade clandestina. 
Na verdade, ela sobrepaira ao tempo, está adejando em torno do amado, que deveria suspender tudo para sentir desenhar-se em torno de si esse balé de ternura.
Deveria o homem avisar ao escritório: 
- hoje não posso ir. 
- estou assistindo à reverberação do amor naquela que amo.
E como isto se assemelha à floração rara de certas plantas. 
Os amados deveriam interromper tudo: seus negócios e almoços e ficarem ali, prostrados, diante da que celebra nela o que ele ajudou a deslanchar.

Já vi algumas mulheres assim. 
Era capaz de pressentir a 115 m que elas estavam levitando de tanto amor que seus amados nelas desataram.
Há uma coisa grave na mulher que foi ao clímax de si mesma.
Que não esteja distraído o parceiro ou parceira.
Ela tem mesmo um perfume diverso das demais. 
É um cio diferente...
É quando a mulher descerra em si o que tem de visceralmente fêmea, tranqüila que, mais que possuída, possui algo que atingiu raramente.
As outras mulheres percebem isto e a invejam. 
Os machos farejam e se perturbam.
É como se estivessem num patamar seguro a se contemplar.
É quase parecido a quando a mulher vive a maternidade. 
Mas aqui é ainda diferente, porque na maternidade existe algo concreto se movimentando dentro dela.
Contudo, nessa atmosfera que se segue a uma epifânica sessão de amor, diverso, porque ela está 
acariciando uma imponderável felicidade.
Estou falando de uma coisa que os homens não experimentam assim.
O gozo masculino é mais pontual e parece se exaurir pouco depois do próprio ato.
Só os escolhidos, os de alma feminina, vez por outra, o sentem prolongar-se dentro de si.
Mas em geral, é diferente. 
Terminado o ato, uns até rolam para o lado e dormem como se tivessem tirado um fardo do ombro, 
outros acendem o cigarro, vestem suas ansiedades e voltam ao trabalho.
É constatável, no entanto, que o homem apaixonado também transmite força, alegria, energia.
Ele oscila entre Alexandre o Grande e o artista que chegou ao sucesso.!
Também brilha, mas é diferente. 
E não é disto que estou falando, senão do gozo feminino que não se esgota no gozo e se derrama em gestos e atenções por horas e dias a fio.
Freud andou várias vezes errando sobre as mulheres e, por exemplo, colocou equivocadamente aquela questão de que a mulher teria inveja do homem por ser este um animal fálico, etc. 
Convenhamos: inveja têm (e deveriam ter) os homens quando prestam atenção no fenômeno que ocorre com as mulheres, que ao serem amadas atingem o luminoso êxtase de si mesmas, como se tivessem rompido uma escala de medição trivial para lá da barreira dos gemidos e amorosos alaridos.
É isso: quando a mulher foi amada e bem amada, ela ingressa nessa atmosfera sagrada, cuja descrição se aproxima daquilo que as santas estáticas descreveram. 
Uma aura de mistérios as envolve. 
E isso, por não ser muito trivial, por não ser nada profano, talvez se assemelhe aos mistérios gososos de que muitos místicos falaram.

(Affonso Romano de Sant´Anna)

                                                                                                                                                                          






O segredo é não correr atrás das borboletas... 
É cuidar do jardim para que elas venham 
até você."
(Mário Quintana)




***As três dimensões do Amor***







No grego antigo, haviam três palavras que significavam amor:

"eros", "phileo" e "ágape".

Eles usavam a palavra de acordo com o tipo de amor
a que estavam se referindo.
A palavra "eros" se referia ao amor sexual e,
como sabemos, deve existir dentro do casamento.

A segunda palavra "phileo" significava o 
amor que existia entre pais e filhos,
e entre irmãos. 
Este tipo de amor, que se desenvolve 
com o tempo,
também deve existir no casamento.




Por último, temos o amor "ágape" que
 é o mais profundo
e o mais sublime de todos.
Este amor sempre caracterizou Deus.



Em João 3:16 a Bíblia nos mostra o tão 
grande amor do nosso Deus quando diz: 
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o Seu Filho…" 
Existe maior amor do que este?

Encontramos também este amor 
expresso em I Coríntios 13:4-7.

Um casamento fundamentado no AMOR ÁGAPE 
pode sobreviver a qualquer tipo de tempestade, desencontros, desavenças, etc.

Se alicerçamos nosso casamento no 
AMOR ÁGAPE, a palavra de Deus se torna 
realidade quando Ele diz: 
"o amor nunca acaba".

Certamente este tipo de amor precisa 
ser aprendido e esta aprendizagem exige muito esforço e conhecimento.
Todos precisamos aprender a amar.

Mas, para que um casamento 
seja feliz é necessário existir nele
estes três tipos de amor.
*************************************






************I N O C Ê N C I A**********



Quando ouvimos a palavra inocência, imediatamente nos vem à mente uma criança.

E, de fato, a infância é a época da vida em que esta condição, na qual todos nascemos, ainda permanece intocada.
No dicionário, inocência é definida como ingenuidade e ausência de culpa.
Se refletirmos sobre estes dois conceitos, veremos que eles são muito importantes para que possamos resgatar a inocência que fomos perdendo ao longo da vida.
Ingenuidade significa ser livre de malicias, artimanhas, estratégias, ou seja, colocar-se diante da vida de forma natural, autêntica, sem ter como base das atitudes o alcance de alguma meta, objetivo ou vantagem.
A ausência de culpa só é possível se nossas ações forem totalmente conscientes, e se entendermos que mesmo quando erramos, os erros podem ser uma importante fonte de aprendizado, e não apenas motivo de arrependimento e condenação.
Começar um novo dia sem metas grandiosas, visando unicamente recuperar nossa inocência, pode parecer à primeira vista um desejo banal demais.
Mas, ao contrário, relaxar nesse simples objetivo poderá nos levar aos mais elevados estágios de alegria que um ser humano pode atingir.

Abandonemos, pois, neste momento, todas as concepções filosóficas que nos levaram a querer alcançar uma condição de seres diferentes, especiais.
A grandiosidade reside acima de tudo na inocência e na simplicidade.

Elisabeth Cavalcante





***************Irretocável****************

**********************************************************



************************************************

Tenho cabelos claros, pintados, para esconder os fios brancos.


Não me recordo exatamente em que ano eles começaram a branquear…

Tenho algumas rugas em volta dos olhos, mas também não me recordo quando elas começaram a aparecer.Tento disfarçá-las, são tantas novidades no campo da dermatologia, achei por bem aproveitá-las.

Do corpo, quase não cuido, só recentemente entrei para uma academia por ordem médica. Ele me disse que na minha idade preciso de exercícios… 
Mas falto mais do que vou, não gosto de fazer ginástica. Das minhas unhas cuido semanalmente, penso que elas são um cartão de visita. Unhas maltratadas causam uma péssima impressão!

De uns dez anos pra cá descobri os cremes e aí compro um aqui, outro ali e no final não uso nenhum, mas compro, só de olhá-los na prateleira 
já percebo que as rugas se retraem. Sou assim, vaidosa, mas não em excesso, penso que sou na medida certa, na medida correta para uma mulher.Enfim, os anos passam e as marcas que eles deixam em nós, não temos como conter. Nem pretendo isso!

Acredito que cada marca, que meu corpo carrega, tem uma linda história.

Às vezes na frente do espelho ao descobrir uma nova ruguinha fico pensando o que a causou. Depois reencontro com outra que já está vincada há anos e me recordo quando ela apareceu. Poderia enumerar também a história de cada fio de cabelo branco.

Foram filhos, amores, marido, amigos que colocaram eles ali. Não quero me desfazer de nenhuma dessas marcas, apenas amenizá-las, acho que mereço isso. A vida me deve isso. Atualmente a parte que merece mais a minha atenção, é a cabeça. Tento todos os dias, colocá-la no lugar, equilibrá-la, alimentá-la com sonhos e alegrias.

Corpo e mente caminham juntos. Se um estiver em estado lastimável, o outro provavelmente vai se deteriorar. Não escondo minha idade. 
Não adiantaria falar que tenho trinta e cinco e apresentar um filho de trinta. 
Portanto eu confesso: tenho sessenta e um anos. Metade deles bem vividos, a outra metade muito sofridos. Mas é exatamente aí que está o encanto da minha idade. Conheci de tudo um pouco, das lágrimas aos sorrisos e ambos me fizeram ser essa pessoa que sou hoje.

Ficaram as rugas no rosto e na alma, mas também ficaram sorrisos em ambos.

Minhas rugas mais bonitas são aquelas marcas de expressão que eu adquiri por tanto sorrir, muitas vezes, quando o coração chorava.
****************************************************
autor desconhecido
******************************

Tente não Chorar!





Corri ao mercado para comprar uns presentinhos, que eu não havia conseguido comprar antes.Quando eu vi todas aquelas pessoas no mercado, comecei a reclamar comigo mesma:




"Isto vai demorar a vida toda, e eu ainda tenho tantas coisas para fazer, outros lugares para ir. Como eu gostaria de poder apenas me deitar, dormir e só acordar após tudo isso."
Sem notar, eu fui andando até a seção de brinquedos, e lá eu comecei a bisbilhotar os preços, imaginando se as crianças realmente brincam com esses brinquedos tão caros.
Enquanto eu olhava a seção de brinquedos, eu notei um garoto de mais ou menos 5 anos pressionado uma boneca contra o peito.

Ele acarinhava o cabelo da boneca e olhava tão triste, e fiquei tentando imaginar para quem seria aquela boneca que ele tanto apertava.
O menino virou-se para uma senhora próximo a ele e disse:
"Vovó, você tem certeza que eu não tenho dinheiro suficiente para comprar esta boneca?"
A senhora respondeu:
"Você sabe que o seu dinheiro não é suficiente, meu querido!"

E ela perguntou ao menino, se ele poderia ficar ali olhando os brinquedos por 5 minutos, enquanto ela iria olhar outra coisa. O pequeno menino estava segurando a boneca em suas mãos.
Finalmente eu comecei a andar em direção ao garoto e perguntei para quem ele queria dar aquela boneca E ele respondeu:

"Esta é a boneca que a minha irmã mais adorava, e queria muito ganhar. Ela estava tão certa que o Papai daria esta boneca para ela este ano".
Eu disse:
"Não fique tão preocupado, eu acho que ele irá dar a boneca para sua irmã."
Mas ele triste me disse:

"Não, o Papai não poderá levar a boneca onde ela está agora. Eu enho que dar esta boneca pra minha mãe, assim ela poderá dar a boneca à minha irmã, quando ela for lá."
Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto ele falava:
"Minha irmã teve que ir embora para sempre. O papai me disse que a mamãe também irá embora para perto dela em breve. Então eu pensei que a mamãe poderia levar a boneca com ela e entregar a minha irmã".
Meu coração parou de bater.

Aquele garotinho olhou para mim e me disse:
"Eu disse ao papai para dizer a mamãe não ir ainda. Eu pedi à ele que esperasse até eu voltar do mercado."
Depois ele me mostrou uma foto muito bonita dele rindo,e me disse:
"Eu também quero que a mamãe leve esta foto, assim ela também não se esquecerá de mim. Eu amo a minha mãe gostaria que ela não tivesse que partir agora, mas meu pai disse que ela tem que ir para ficar com a minha irmãzinha." Ai ele ficou olhando para a boneca com os olhos tristes e muito quietinho. Eu rapidamente procurei minha carteira e peguei algumas notas e disse para o garoto:

"E se nós contássemos novamente o seu dinheiro, só para termos certeza de que você tem o dinheiro para comprar a boneca?
Coloquei as minhas notas junto ao dinheiro dele, sem que ele percebesse, e começamos a contar o dinheiro.Depois que contamos, o dinheiro iria dar para comprar a boneca e ainda sobraria um pouco.
E o garotinho disse:

"Obrigado Senhor por atender o meu pedido e me dar o dinheiro suficiente para compra a boneca".Aí ele olhou para mim e disse:
"Ontem antes de dormir eu pedi à Deus que fizesse com que eu tivesse dinheiro suficiente para comprar a boneca, assim a mamãe poderia levar a boneca. Ele me ouviu ...e eu também queria um pouco mais de dinheiro para comprar uma rosa branca para minha mãe, mas eu não ousaria pedir mais nada a Deus. E Ele me deu dinheiro suficiente para comprar a boneca e a rosa branca. Você sabe, a minha mãe adora rosas brancas.

Uns minutos depois, a senhora voltou e eu fui embora sem ser notado.
Terminei minhas compras num estado totalmente diferente do que havia começado. Entretanto não conseguia tirar aquele garotinho do meu pensamento.
Então lembrei-me de uma notícia no jornal local de dois dias atrás, quando foi mencionado que um homem bêbado numa caminhonete, bateu em outro carro, e que no carro estavam uma jovem senhora e uma menininha. A criança havia falecido na mesma hora e a mãe estava em estado grave na UTI, e que a família havia decidido desligar as máquinas, uma vez ;que a jovem não sairia do estado de coma. E pensei, será que seria a família daquele garotinho?

Dois dias após meu encontro com o garotinho, eu li no jornal que a jovem senhora havia falecido. Eu não pude me conter e sai para comprar rosas brancas fui ao velório daquela jovem .... Ela estava segurando uma linda rosa branca em suas mãos, junto com a foto do
garotinho e com a boneca em seu peito.



Eu deixei o local chorando, sentindo que a minha vida havia mudado para sempre. O amor daquele garotinho por sua mãe e irmã continua gravado em minha memória até hoje. É difícil de acreditar e imaginar que numa fração
de segundos, um bêbado tenha tirado tudo daquele pequeno garotinho.
(Desconheço o autor)







O diálogo é sempre a melhor saída para resolver os conflitos no trabalho


Conviver com um colega de trabalho que quer puxar o seu tapete, não ter o reconhecimento merecido ou estar sempre ansiosa com as tarefas, por exemplo, são questões que precisam ser resolvidas sem se estressar - por mais difíceis e constrangedoras que sejam.

O ideal, ao sentir que uma dada situação desafia seu autocontrole, é respirar fundo e contar até dez. Assim você não compromete a sua reputação, não magoa os outros e, sobretudo, ganha tempo para pensar na solução mais adequada. "Esse controle é sempre necessário, pois vivemos rodeados por outras pessoas. Imagine como seria se não conseguíssemos equilibrar nossas emoções: um caos!", diz o psicólogo Fernando Elias José.

Para ajuda-la, a MÁXIMA pediu para alguns experts no assunto revelarem a melhor forma de reagir nas situações adversas, no trabalho ou em casa.

Convivência com pessoas abusivas

O que evitar: "Não bata de frente para defender o seu ponto de vista. Pessoas com esse perfil gostam de se mostrar superiores, seja um chefe, seja um marido autoritário. Mas isso não significa ser permissiva e acatar a tudo que lhe pedem", indica Fernando.

A reação certa: o diálogo é sempre a melhor saída. "Durante um café, por exemplo, chame a pessoa para uma conversa e aborde o que a deixa insatisfeita com a relação de vocês", explica Fernando. Diga que entende a visão dela, mas que você tomaria uma atitude e um posicionamento diferentes. Assim você mantém o respeito e deixa clara a sua opinião.

Colega que tenta puxar o tapete

O que evitar: "Não se envolva em fofocas e debates desnecessários. Muitas vezes, a pessoa que quer passar você para trás premedita as atitudes e prepara certas polêmicas como armadilha", diz o neurolinguista Luiz Claudio Gomes.

A reação certa: mantenha uma relação amigável, mas com cautela. Em hipótese alguma divida algo da sua vida íntima com essa pessoa ou com alguém próximo a ela. Não dê informações ao "inimigo", certo?

Insatisfação com as atividades realizadas

O que evitar: ficar acomodada, esperando alguma mudança, gera ainda mais frustrações. "Quando a insatisfação se torna crônica há uma perda significativa na produtividade e no rendimento. E isso aumenta o sentimento negativo", afirma Luiz Claudio.

A reação certa: Saber de onde vem essa tristeza ajuda a solucionar o problema", diz o psicólogo Fernando. Pense e reflita: são as suas responsabilidades cotidianas que a incomodam ou a questão é maior e engloba a sua profissão, seu relacionamento ou sua vida familiar? Se você não gosta do que faz, mas sabe que depois será valorizada - como ter uma promoção no trabalho -, use essa situação ruim como motivação. Caso contrário, está na hora de estabelecer novas metas, como mudar de emprego, por exemplo.

Medo de novos desafios

O que evitar: "Pessoas temerosas tendem a fugir de compromissos e apresentam baixos resultados", afirma Maria Rita Gramigna, especialista em capacitação gerencial. De fato, esse sentimento nos paralisa. E, se você se deixar dominar por ele, não enfrentará o desconhecido e, talvez, não conheça nunca o gostinho da vitória.

A reação certa: arrisque! "Saia da zona de conforto. Não tenha receio de aceitar um novo trabalho, iniciar um curso, formar outro círculo de amigos... É esse frescor que traz a sensação deliciosa de frio na barriga e nos impulsiona para a vida", completa Maria Rita.

Falta de reconhecimento

O que evitar: reclamar sobre o seu ressentimento, especialmente para aqueles que não estão envolvidos na história. "Isso só gera picuinhas e fofocas, o que acaba aumentando a proporção do problema", diz Maria Rita.

A reação certa: não espere aplausos para tudo. A satisfação é uma conquista pessoal. "Mas se você sente necessidade de ser reconhecida, que tal perguntar ao seu chefe o que ele achou do resultado do seu trabalho, se você superou ou não as expectativas dele, o que pode melhorar da próxima vez?", sugere Maria Rita. Porém, esteja preparada para uma possível crítica negativa.

Dificuldade para se entrosar com algumas pessoas

O que evitar: não se esconda nem se isole. "É difícil ter afinidade com todo mundo, mas respeitar aqueles que pensam diferente de você é uma regra básica de convivência", diz o psicólogo Fernando.

A reação certa: não gosta daquela colega do trabalho ou tem problemas com sua cunhada? Vocês não precisam ser melhores amigas. "Tente repensar o que não lhe agrada naquela pessoa e dê uma nova chance para a relação de vocês. Às vezes, é só uma má primeira impressão", finaliza o neurolinguista Luiz Claudio.

Cuca fresca, coração leve 

A melhor maneira de controlar as emoções é por meio da prática diária de exercícios de relaxamento ou meditação. Márcia de Luca, especialista em Yoga, Meditação e Ayurveda, e divulgadora da Filosofia de Bem-Viver, ensina duas técnicas:

Relaxamento

Com as luzes apagadas e o quarto aromatizado com lavanda, coloque uma música suave de fundo. Deite-se na cama, apoiando a cabeça em um travesseiro. Inspire profundamente e solte todo o seu corpo. Permaneça nessa quietude plena por pelo menos 5 minutos.

Meditação

Sente-se de forma confortável, com a coluna ereta e os pés no chão. Só observe o ar entrar e sair dos pulmões, sem expectativa. Os pensamentos irão se aquietando e abrindo espaço para receber as mensagens inspiradoras de sua alma. Comece com 5 minutos e chegue a 20.









CUIDAR DO CARINHO...



Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.

Tenho visto muito amor por aí, Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva,mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito. Apenas isso: bonitos,belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. 
Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.

Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebeu ameaçados apenas e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender;necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo no amor. 



Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.

Ponha a mão na consciência. Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito? 



De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro, a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer.

Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual criança.E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito. 


Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre.

Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”, arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível.Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter. 



Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine, cheia de brinquedos dos nossos sonhos): não teorize sobre o amor, ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora. 

Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade;não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração;contar a verdade do tamanho do amor que sente.

Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido:( seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo 
do Natal infantil. Revivendo os carinhos que instruiu em criança. 

Sem medo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade. 
Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor,ou bonitar fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito(a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser. 
Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz.

Artur da Távola.







A D O Ç Ã O
O amor é a mola propulsora desse belo ato, mas a firmeza na conduta é a estabilidade oferecida no caminhar da vida.


A adoção de uma criança é um ato de amor incondicional. Saiba mais sobre ser mãe completamente por amor.

A palavra “gerar” tem vários significados, dentre eles podemos citar: criar, conceber, produzir, originar, formar e nascer. Para adotar uma criança também é necessário ter dentro de si essa mesma vontade de “gerar”. A adoção vai além de simplesmente colocar mais um prato à mesa. Esse é um ato de coragem, responsabilidade, carinho, respeito pela vida e principalmente de amor incondicional.

A decisão do casal deve ser tomada com calma e certeza. É importante que a família toda aceite o novo membro e o acolha de braços abertos. A chegada da criança precisa ocorrer de forma tranquila. Depois de estabelecido o contato inicial, vagarosamente a criança vai sendo conquistada.

PRIMEIRO ATO:Adoção exige preparo emocional

Além do desejo de ser mãe, pai, formar uma família, o casal deve estar preparado emocionalmente para lidar com as questões que surgem com a adoção. Por exemplo, saber como contar ao filho que ele é adotado, como aceitar as diferenças físicas e emocionais da criança. Além da relação com a sociedade e com outras dificuldades que podem aparecer no caminho.

É muito importante que os pais sejam sempre transparentes com a criança em relação as suas origens. É com o dia-a-dia, com a conversa vagarosa e as explicações para suas perguntas que a criança consegue entender a situação sem que sinta desprezo, menosprezo ou diferença, principalmente quando existem outros irmãos na família. É essencial esclarecer que a relação entre todos é igual.


SEGUNDO ATO: A adoção

É muito importante que o pai e a mãe desejem a criança que foi escolhida para a adoção. Adotar é um ato definitivo, com proteção jurídica. Porém, para que ela aconteça de fato, os pais biológicos da criança devem ter falecido ou estar desaparecidos, ou ainda, não querer ou não poder assumir as responsabilidades de pai e mãe.


TERCEIRO ATO: Mães por amor

Adotar uma criança é um ato de amor incondicional. O ventre amoroso está no coração dessa mãe e desse pai, que junto decidiram assumir o filho do coração, sendo capazes de dar todo amor e carinho que ele necessita, e ainda suprir outras necessidades. Esses podem muitas vezes ensinar a essa criança valores que talvez ela nunca fosse encontrar em uma casa para menores.

O amor não está ligado ao sangue. Na maioria das vezes a mãe adotiva possui melhores condições de aceitação do que a própria mãe biológica, podendo cuidar muito melhor do pequeno. É durante a experiência de interação entre mães e filhos, adotivos ou não, nos cuidados, contatos no dia-a-dia, na proteção e no afeto que a criança recebe que é estabelecida uma relação de amor.


PAIS ADOTIVOS E FILHOS ADOTADOS 

Quem adotou quem? 

Teoricamente, foram os pais que adotaram os filhos, mas pode ser que, sob outra ótica, sejam os filhos que adotaram seus pais. 

Freud já dizia que nada é por acaso. E, espiritualmente falando, sabemos que o acaso não existe, apesar de ser presente o livre-arbítrio, que é a liberdade de escolha que temos. Com ele e através dele, posso optar por adotar ou não um filho. Pode ser um recém-nascido, uma criança na primeira infância, um adolescente ou um adulto. 

O fato é que a adoção é cheia de surpresas, positivas ou negativas. Quando alguém parte para a adoção, pode ser por um ideal, ou porque existe essa conduta em boa parte da família, ou porque queria um filho de determinado sexo e não o teve, ou porque se acha caridoso, ou por muitos outros motivos. 

Seja qual for a razão, a pessoa ou o casal sente-se impulsionado a buscar a adoção

Sabemos que cada ser foi gerado e recebeu uma enorme emanação fluídica da mãe gestante. Emanações de pensamentos, de sentimentos, de certezas e de incertezas. Sabemos também que essa criança capta inconscientemente tudo isso. Na verdade, tudo isso será arquivado e, posteriormente, filtrado ou marcado de acordo com o que já traz no espírito. Ou seja, o que tem no caráter. 

Uma criança pode estar disponível à adoção porque os pais não a aceitaram, porque ficou órfã, porque foi abandonada ou por outros motivos. 

O fato é que a grande maioria, por todas essas razões, traz registros de sentimento de abandono e rejeição muito freqüentes. A dúvida de sentimento por parte da mãe geradora faz a criança sentir-se não-amada, podendo levá-la ao sentimento de rejeição. A falta de cuidados, os maus-tratos ou o abandono em si podem levá-la a um forte sentimento de exclusão. 

Então, sinto que, o ato de adotar é um ato de coragem, antes de qualquer coisa. O amor que os pais sentem no processo de adoção é tamanho que, muitas vezes, os leva a desqualificarem certas dificuldades que possam ter com o filho que irá fazer parte de suas vidas. 

Assim como um filho biológico pode sentir e trazer consigo todos esses sentimentos, é mais comum acontecer com filhos adotados. 

Mas, se o acaso não existe e os pais sentem-se impulsionados a fazê-lo, talvez essa vontade e esse desejo sejam respostas do mais í timo deles – a alma. 

A dedicação, o amor, os cuidados com os filhos adotados não devem ser diferenciados. Às vezes com a intenção de suprir todas essas necessidades, os pais adotivos superprotegem as crianças. O intuito é amenizar as dores internas que trazem, mas com isso os limites não são declarados. E criança sem limites fica sem referencial. 

Se essas crianças têm dificuldades com o “ser amadas” ou com o “se sentir não-amadas”, então precisam, ainda mais, de referências. Referências são caminhos, limites estabelecidos. Portanto, são informações importantes: o que se pode, deve, tem ou não de fazer; o que é viver eticamente; o que é a vida; como se direcionar nela; o que é importante na existência de um ser; valores e conceitos morais, familiares, sociais, espirituais; e assim por diante. 

O amor é a mola propulsora desse belo ato, mas a firmeza na conduta é a estabilidade oferecida no caminhar da vida. 

Repito para os pais uma frase que ouvi: “Energia com amor”. 

Então, quem adotou quem? 

Talvez os filhos adotivos tenham adotados seus pais. 

A alegria, a esperança e confiança no processo de adoção pode ser uma escola diária de crescimento. 

À medida que o filho adotado vai crescendo, sentimentos diversos podem povoar os pais. Muitas vezes uma mistura de alegria, medo, tristeza, raiva e até arrependimento. 

Mesmo assim, não se culpem. Lembrem-se que vocês, como pais, são humanos e têm sentimentos. Vocês podem questionar investigar e analisar seus sentimentos. 

Só não mintam para si mesmos. Mentir sobre o que sentem e o que pensam a respeito dos filhos fará com que a culpa se encarregue de massacrá-los. Essa forma de verdade pessoal é promissora como crescimento espiritual. 

Confiança e esperança são ingredientes fundamentais para a vida, principalmente se houver dificuldades no caminho. 

Os filhos são obras-primas que nos fazem rever a cada momento o que somos e o que temos feito de nós mesmos na vida. 

Se a gratidão nos envolver como mães, poderemos aprender muito no contato filial. Seremos mães com todas as dificuldades. Pois ser mãe é algo gratificante, estimulante, sofrido, decepcionante, terreno e biológico, mas também é algo divino. 

Ser mãe é uma forte ambivalência que pode nos favorecer o equilíbrio próprio.











OS GIRASSÓIS...







Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los.


A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez que mudar a direção do Regente.
Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis.
Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de voltar-me para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. 
É Nele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo, o que Nele já está realizado.
Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos.
Eu Dele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa.
O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol, e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se Nele não colocarmos a direção dos nossos olhos. Cada vez que o nosso olhar se desvia de sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol, o que na verdade não passa de luz artificial.Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.
A vida é o lugar da Revelação divina. 

É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir nas realidades humanas algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr.
Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz.
Sejamos como os girassóis…
Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.
Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. 
Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo.
Girassol só pode ser feliz se para o Sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.
Eles já sabem, mas nós precisamos aprender…

Fábio de Melo.



A PORTA AO LADO




Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, 
disse ele que a gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos
mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada.

E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente…
É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.

Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de algumas pessoas melhor, e de outras, pior. Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos, mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes.

Será que nada dá errado pra eles? Dá aos montes. Só que, para eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor diferença. O que não falta neste mundo é gente que se acha o último biscoito do pacote.

 Que “audácia” contrariá-los! São aqueles que nunca
ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga  e não deixam barato.
Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente.
O mundo versus eles. Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também. É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema solúvel. 
E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser
resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, 
um e-mail, um pedido de desculpas, um deixar barato.
Eu ando deixando de graça… Pra ser sincero, vinte e quatro
horas têm sido pouco pra tudo o que eu tenho que fazer, então não vou perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.

Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e gente idem; pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a “porta do lado” e vou tratar do que é importante de fato. Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do bom humor, a razão por que parece que tão pouca coisa na vida dos outros dá errado.”

Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não estrague o seu dia… Use a porta do lado e mantenha a sua harmonia. Lembre-se, o humor é contagiante – para o bem e para o mal – portanto, sorria, e contagie todos ao seu redor com a sua alegria. A “Porta do lado” pode ser uma boa entrada ou uma boa saída… Experimente! 

 






MATURIDADE

Maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve, e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.

A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado.  

Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento que começa a brincar. A maturidade acontece, quando tomamos posse do que nós somos, para aí então poder nos dividir com os outros. Isso faz parte do processo de maturidade.

Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela. Quantas pessoas já adultas pensam assim, trata-se da incapacidade de amar, falta de maturidade.

Todos os encontros de Jesus levam a implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantar esse reino quem é adulto, que já entende que só se começa a amar a partir do momento, que eu não quero mudar quem eu amo.

Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado, é porque nos reconhecemos naquela pessoa. Jesus não tinha o que temer porque era puramente bom, por isso contagiava os que estavam ao seu lado. Na maturidade de Jesus você encontra a capacidade imensa de amar o outro como ele é. Amar significa: amar o outro como ele é. 

Por isso quando falamos em amar os outros, podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento quanto a nossa maturidade. A santidade começa na autenticidade.

Por isso Jesus nos pede para ser como as crianças, que são verdadeiras e simples. É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para si.


Você tem condições para perceber a sua maturidade. É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. Você não precisa que ninguém te observe, pois você já viu aquilo como um valor. Pessoas imaturas sofrem dobrado. Pessoas imaturas querem modificar os fatos, pessoas maduras deixam que os fatos os modifiquem. 

A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta. O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou. Muitas vezes os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos.


Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não a trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabe que aqueles defeitos não serão espelhos para nós, mas seremos um instrumento de Deus para ele superar esse defeito.Padre só pode ser padre a partir do momento que é apaixonado pelos calvários da humanidade. 

Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites.
A rejeição é um processo de ver-se. Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. 
Isso não é amor, isso é coisa de criança. O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja. Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito.

Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora que forem embora as suas utilidade, você vai saber o quanto é amado. 
Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz.O convite da vida cristã é esse: que você possa ser mais do que você faz! ”

Padre Fábio de Melo 










LINDA MULHER...



Se a história de Adão e Eva é correta, você, Mulher, é o significado da aventura e da descoberta do mundo.

A maçã foi o apetite que se transformou em gula para as emoções do amor….Amor que não sei se Deus sabia que havia criado em você, mas que se criou em você e se manifestou na malícia insegura ou na maliciosa insegurança ou na maliciosa ingenuidade que levou Adão ao pecado…se é que consideramos, mesmo, pecado…

Mas uma coisa ficou certa em tudo isto: Você dirige.

Mandar é o atributo dos tiranos que, na insegurança e ou no medo da derrota, impõem ordens, mesmo arbitrárias, quando não só arbitrárias.

Você dirige através da insinuação, da persuasão, do carinho da sedução e, sempre que sincera, através do amor. O amor, o suavizador de feras.
O feminismo…que algumas vezes se apresenta como partido político …ou movimento de disputa da masculinidade …ou movimento das frustradas amorosas…não é exatamente o seu carisma.
O feminismo da intelectualidade, da capacitação ,da dignificação do sexo, da defesa e desenvolvimento harmônico das suas crias, da igualdade cristã entre as pessoas, independente de sexo, este é o seu destino.
Se a meta é a humanidade e para ela o equilíbrio e a paz, não é senão na solidificação da família que se fará o cumprimento do objetivo.
A realização pessoal e egoística da autopromoção narcisista tão apregoada pelas figuras dos vídeos, na confusão de amar e desamar, na frustração recebida e causada, sem o objetivo da doação amorosa e sem o objetivo do equilíbrio, não é da sua formação.
Através dos séculos você foi abusada , até que no surgimento do evangelho foram colocadas a Madalena e as Bodas de Canaã a indicarem o verdadeiro caminho da humanidade e o verdadeiro papel cabe a você.
A força bruta da masculinidade perdeu valor diante da força da inteligência que criou as máquinas e o novo surto da economia …Quando surgiu este momento da inteligência você passou a despontar e passou a ocupar cada vez maior lugar , mais ativo na civilização.

A duplicidade do seu valor se evidencia quando a sua meta é a família e a sua inteligência alcança o trabalho no mundo econômico e do mundo do lar e você os concilia.
Da análise do gênesis se constata que Deus criou o mundo dentro de uma sequência de perfeição de formas e de funções. Depois de Ter criado o homem , não satisfeito, criou ainda a mulher.
Para harmonizar a sua criação não a criou de nenhuma matéria isolada , mas a criou do meio de Adão…nem da cabeça para que não seja tirana, nem dos pés para que não seja escrava, nem do abdome para que não seja das fermentações, nem dos genitais para que não seja somente o gozo, mas do peito, onde está o sopro da vida no ar que se respira e onde está o coração, fonte da vida que alimenta todo o corpo e vibra com as emoções das alegrias e das tristezas.
E na operação da criação não tirou só a costela, com ela veio um naco do coração que faz com que cada homem busque o pedaço de coração que lhe falta.
Deu-lhe, Deus, à mulher , o dom da amamentação , com o manancial do alimento , não lá na barriga, mas exatamente no peito, junto ao coração, o mesmo coração símbolo do amor para aconchegar a cria junto à face e fazer com que aquele que dela colhe a vida sinta o seu respirar, seus murmúrios de carinho e caricia , seu palpitar , no acalento dos braços macios e corajosos.

O mundo é seu, mulher! A política é sua , quando você sente que a sua família é o seu carisma e apenas pode bem sobreviver com uma sociedade digna e equilibrada.
O maior dos oradores não pode convencer mais do que a sua oração aos Pés de Maria ou das suas palavras no aconchego da cama ou das horas de refeição.
Você é a poesia, a harmonia, o sonho, a fibra, a luta, a vitória.

Autor desconhecido.








Carência e dignidade

Estamos vivendo uma fase de transição na Terra.
Valores que até ontem regiam a vida em sociedade são colocados em dúvida.
Padrões de comportamento estão em constante alteração.
Em um mundo onde tudo muda demais, atenua-se a fronteira entre o correto e o incorreto.
Os freios morais tornam-se frágeis e nada mais parece chocante.
Nesse contexto, é frequente os homens perderem seus referenciais de valores.
Em consequência, acabam achando que tudo é válido e que o importante é realizarem as mais delirantes fantasias.
Os maiores desatinos são cometidos na seara afetiva, sob a singela justificativa de serem fruto de carência.
A liberdade tende a ser invocada como um valor absoluto, que não experimenta quaisquer limites.
O problema são as consequências desse gênero de comportamento.
Será que a ausência completa de pudor prepara dias de paz para as criaturas?
Experiências sexuais exóticas ou relacionamentos fugazes podem trazer algum sentimento de plenitude para os seus praticantes?
A falta de comedimento no vestir, no comer e no viver colabora para a saúde do corpo e da alma?
Em face da aparente ausência de limites para o comportamento humano, é conveniente recordar a sentença do apóstolo Paulo segundo a qual tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém.
Ante as muitas opções que nos são ofertadas, devemos verificar quais delas nos ajudam a atingir os nossos objetivos.
Se o mundo e seus valores não nos satisfazem e o fruir de estranhos divertimentos nos deixa uma sensação de vazio e insatisfação, eis um sinal a ser considerado.
Provavelmente, isso significa que já sentimos necessidade de plenitude, autoconhecimento, saúde e paz.
Sendo assim, não importa que à nossa volta imperem a libertinagem e a leviandade.
Somos responsáveis apenas por nossas decisões e por gerir nosso próprio processo evolutivo.
Na verdade, o homem moderno é profundamente carente.
Mas o fato de experimentar gozos de efêmera duração não lhe trará felicidade efetiva.
A carência real da Humanidade é de dignidade e de paz.
Ninguém se pacifica e dignifica instigando seus instintos e vivendo suas mais baixas fantasias.
Tal espécie de comportamento apenas estabelece laços com seres ainda desequilibrados.
Não banalizemos nossos carinhos e nem  
degrademos nossos corpos.
Sejamos criteriosos em nossos relacionamentos, pois as pessoas não são descartáveis.
Experiências fortuitas às vezes suscitam expectativas que talvez não estejamos dispostos a atender.
Mas, uma vez estabelecido o vínculo, este pode se tornar duradouro e pesado.
Afinal, ninguém brinca impunemente com a vida e os sentimentos dos outros.
A paz pressupõe poder observar os próprios atos com satisfação, sem remorso ou vergonha.
A dignidade é uma conquista do ser que domina a si próprio, que desenvolve valores e hábitos nobres.
Não devemos utilizar a solidão como desculpa para manter condutas ou relacionamentos levianos.
Esse sentimento pode ser melhor gerenciado com a prestação de serviços aos semelhantes, a adesão a grupos de estudo, ou de auxílio aos necessitados.
Do mesmo modo, a libido pede esforço educativo, para não se converter em fonte de dores e doenças.
Ao falarmos em carência, reflitamos sobre o que de fato nos falta.
Se nossa carência for de paz, plenitude de sentimentos e bem-estar, agir de modo digno e prudente é o melhor modo de supri-la.
Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.





OTIMISMO E FELICIDADE

N
Numa esquina qualquer da vida, encontraram-se o Otimismo e a Felicidade. Como não poderia deixar de ser, foi um momento festivo, com altos toques de energia positiva.
Pareciam um casal em perfeita comunhão de sentimentos.
Animados até a ponta dos cabelos, ambos esbanjavam sorrisos.
- Como vai? - perguntou o Otimismo.
- Cada vez mais feliz e otimista - respondeu exultante a Felicidade. - E você?
- Cada vez mais otimista e feliz - sorriu o Otimismo.
- Até parece que somos a mesma coisa - brincou o Otimismo.
- A mesma coisa, não digo. Mas, sem dúvida, somos irmãos gêmeos.
- No fundo, no fundo - considerou o Otimismo - todo otimista é feliz. Si, porque o otimista acredita em si, na vida, no sucesso, na felicidade, na sua potencialidade, e seu alto astral o faz sentir-se bem consigo mesmo e com o universo.
Ao quê, avançou a Felicidade:
- E toda pessoa feliz é otimista, pois, ao sentir-se bem consigo mesma, com o universo, com a humanidade e com Deus, está otimizando ao máximo sua vida.
- Tenho a impressão, no entanto - filosofou o Otimismo - que a pessoa otimista tem a vida mais ampla do que a pessoa feliz.
- Por quê? - reagiu a Felicidade.
- Porque a felicidade tem a ver com o dia de hoje, ao passo que o otimismo é hoje e mais amanhã. Ninguém pode ser otimista sem acreditar positivamente no futuro.
- Mas a felicidade não pode existir se sobrar na mente qualquer negativismo do passado ou referente ao futuro. Felicidade é luz e a luz não admite trevas. A felicidade abrange o todo da mente e o todo da mente compreende o passado, o presente e o futuro. Só que o passado e o futuro se desfazem sob a ação da luz da felicidade atual.
- Reconheço - apressou-se o Otimismo - a dimensão plenificante da Felicidade, tanto que sou otimista feliz. Mas desejo acentuar que o otimismo é o caminho do progresso e da evolução.
- Explique melhor - solicitou a Felicidade.
- Todo otimista cria desejos e projetos e acredita que se tornarão realidade. Se não acreditasse na materialização dos projetos, não seria otimista, mas pessimista. Como, pelo Poder da Mente, todo projeto acreditado infalivelmente se concretiza, fica claro que o otimismo é o caminho do progresso e da evolução.
- Isto é verdade - consentiu a Felicidade. - Como, porém, a felicidade é a essência do ser humano, eu sou a razão de ser da pessoa. Cada qual é o que for a sua mente: Mente feliz, pessoa feliz.
- Também é verdade - ponderou o Otimismo. - Mas, sem realizações, a vida e o indivíduo não vão para frente.
- E sem felicidade a pessoa também não avança. Pelo contrário, se esvai em depressão, desânimo e frustrações.
A Felicidade silenciou por instantes, colocou a mão direita no queixo, e confidenciou:
- Meu caro Otimismo, permita-me fazer-lhe uma reflexão, tão comum entre as pessoas sofridas, que enfrentam enormes dificuldades. Dizem que o otimista é um sujeito fora da realidade, um sonhador estéril: pensa em churrasco enquanto rói osso duro; sonha com casa própria, mas vive debaixo de uma ponte; imagina-se num carrão do último tipo, mas bate sola de sapato pelas estradas da vida.
Que acha disso?
- É que são poucos os que conhecem as leis que regem a vida humana. Uma coisa é sonhar sem acreditar na realização e outra coisa é sonhar e acreditar que todo sonho pode e deve tornar-se realidade. Esta é a diferença que faz a diferença. Uns usam a palavra apenas para expressar a realidade e outros usam-na para criar a realidade. A sabedoria está em saber que o mundo exterior nada mais é do que a materialização do mundo interior. Portanto, é necessário que se crie antes na mente aquilo que se deseja realizado. Isto faz o otimista. O legítimo otimismo é o caminho dos sábios.
A Felicidade ouviu tudo atentamente e deu razão ao Otimismo:
- Concordo com você. Assim como a felicidade nasce na mente e se expressa na vida, da mesma forma o otimista cria na mente o que espera realizar-se na sua vida.
- Agora - retornou o Otimismo - quero fazer-lhe a observação que mais frequentemente se ouve por aí a respeito de você. Falam que a felicidade não existe. Há filósofos, poetas, escritores, e até teólogos, que sustentam que a felicidade não existe. Entendem que a vida é cheia de sofrimentos, de carências, de privações, de desgraças, de desenganos e isso é incompatível com a felicidade, já que não pode haver um infeliz feliz.
Ambos riram.
E o Otimismo saiu-se com esta:
- Faz-me lembrar do caso do Dr. Lamentácio Davi da Marga, da cidade de Urucubaca, que se exclamava desolado: "Ai meu Deus, não devo ser infeliz e não consigo ser feliz!".
- O fato é que muitos procuram a felicidade nos fatores externos a si, como a casa, o dinheiro, o carro, a compreensão dos outros, a bondade alheia, a pessoa bonita, assim por diante. Tendo em vista que é difícil ter domínio sobre o mundo exterior, frustam-se a toda hora. Felicidade, porém, é estado mental. Como somente a própria pessoa tem acesso à sua mente, a felicidade depende única e exclusivamente de si mesmo. Basta criar na mente o estado de felicidade e o sub consciente reagirá de acordo. Este é o caminho simples e fácil da felicidade do ser humano. Indiscutivelmente, cada um é o que é sua mente. Logo, mente feliz, vida feliz. Simples.
- Ainda que mal comparando - acrescentou o Otimismo - é como aqueles que olham para o céu em dia de chuva e concluem que o sol não existe.
- Assim como há aqueles que se dizem otimistas e se queixam que as coisas não estão dando certo.
- Eu sei disso - consentiu o Otimismo - São que nem os valentões que blasonam por aí: "Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem!"
Batendo no ombro da Felicidade, continuou o Otimismo:
- Otimismo não é questão de sorte, como pensam certas pessoas. Trata-se do cumprimento da Lei pela qual todo pensamento acreditado se torna realidade física.
A Felicidade aproveitou a deixa:
- O mesmo ocorre com a felicidade. Também é o cumprimento da Lei pela qual todo pensamento de felicidade, desde o unívoco, produz a felicidade.
- É por isso que toda pessoa feliz é otimista - sentenciou o Otimismo.
- E é por isso que todo o otimista é feliz - completou a Felicidade.




MANEIRAS DE VOLTAR A SORRIR

Ao longo do tempo muitas pessoas passam a deixar que as circunstâncias que a vida as submete façam com que ela perca a vontade de sorrir. Então, entregam-se ao sofrimento, seja por causa de um amor não correspondido, seja por causa de um emprego que não deu certo, ou mesmo porque pensam que a vida não foi justa com elas como mereciam.
Por que você sofre?
Se não sabe o porque, então sofre à toa. Mesmo que tenha um motivo, ainda assim sofre a toa, porque evitar ter problemas em nossa vida não dá, mas escolher sofrer ou não sim.
Uma das coisas que pode causar sofrimento e nos impedir de sorrir é ter de encarar as coisas que as pessoas nos impõe desde a nossa existência, como se fossemos obrigados a fazer algo. Então, nos obrigamos a fazer algo que nem sempre é da nossa vontade, pelo simples fato de que, se noa o fizermos, seremos desaprovados, não seremos aceitos.
Ao se comportar dessa forma, passamos a dizer não aos nossos desejos e a fazer as coisas de acordo com o que as outras pessoas querem, e isso não é nada saudável.
A obrigação determina uma imposição, e quando isso acontece, tendemos a fazer as coisas de uma forma forçada, falsa, sem prazer algum.
Qual é o primeiro passo então, para ser feliz novamente? 

Entender que você não é obrigado e fazer nada, nem a ser uma boa pessoa ou um exemplo se não é isso o que realmente quer, se não é isso o que vai realmente te fazer feliz.
Por mais que pense que fazer algo ou agir de uma determinada maneira é o ideal, se não for o que você quer para você o esforço não valerá a pena, pode ser que os outros se beneficiem, mas você vai ficar com um vazio enorme por dentro, porque não fez porque quis, mas porque foi obrigado a fazer.
Por mais nobres que sejam as suas motivações ao agir de uma maneira em benefício de outros, se isso não vier como um desejo de seu íntimo, de nada irá valer. Quem se obriga a fazer uma coisa faz contra a vontade, e isso causa uma grande insatisfação.
Quando você faz algo que não está com vontade só para deixar outra pessoa feliz, isso faz com que depois surja no fundo de sua alma um sentimento chamado frustração, que pode ser muito cruel, por ser negativo.
Você já notou que, muitas pessoas ficam frustradas não por seus fracassos em realizar seus sonhos, mas sim por não conseguirem agradar ninguém? 

É bem isso o que acontece.
Entenda que, nem sempre o seu máximo pode ser o mínimo que alguém espera de você, e que faça o que fizer, essa pessoa ainda não se sentirá grata, por isso, para recuperar a sua alegria de viver, pare de se preocupa com os outros.
Pressão. As pessoas ao nosso redor fazem pressão para que nós sufoquemos aquilo que realmente somos e passamos a nos amoldar ao que elas gostariam que fossemos. Mas isso só acontece com quem permite, com aquelas pessoas que decidem segurar as rédeas da própria vida, ninguém se atreve a mexer.
Entenda, você não tem culpa pela infelicidade das pessoas, mas é totalmente responsável pela sua vida e pela sua felicidade.
Não se sujeite a vontade alheia, porque quem se sujeita nunca irá sentir prazer, mas aprende a viver na acomodação.
Parece ser uma regra das boas maneiras quando se fala assim, mas é necessário quebrar tudo isso que ouviu a vida toda sobre ser uma pessoa que se doa, para poder recuperar seu amor próprio e verdadeiro eu.
Pense mais em você e se valorize mais, preste mais atenção às suas vontades e poderá ser mais feliz dessa forma, voltando a sorrir para a vida e aproveitando o que ela tem de melhor para você. 



Modo de Vida

Durante a vida, as pessoas, de uma maneira geral, costumam acomodar-se, refugiar-se em sua “zona de conforto”. Acostumam-se com uma certa rotina, conformam-se a um determinado modo de vida, seja no âmbito familiar, social ou profissional.

 
No entanto, a vida é essencialmente dinâmica. Assim, é preciso adaptar-se continuamente às mudanças que ocorrem, sob pena de estagnação e marginalização.
  
 As mudanças são desconfortáveis, trazem insegurança e ansiedade. Mas são necessárias. É preciso preparar-se continuamente para os novos desafios que se apresentam todos os dias. Tudo é impermanente. A insegurança é a regra. Não podemos contar com a estabilidade nas relações sociais, profissionais ou comerciais. A todo o momento, surgem novidades. É preciso acompanhar o progresso inevitável que ocorre a uma velocidade cada vez maior.
  
 O que fazer em tal contexto? Em primeiro lugar, acompanhar de perto o constante desenvolvimento, em todos os setores da vida. Manter-se bem informado a respeito de tudo que seja relevante para a qualidade da vida, o bem-estar, o progresso material e espiritual de si próprio, da família, da comunidade.
 
  Em segundo, manter ativo o processo permanente de desenvolvimento pessoal, a nível psicológico, espiritual e profissional. Mas isto requer motivação, força de vontade, desprendimento. A motivação ocorre naturalmente quando se vislumbra a satisfação de uma necessidade real e atual, quando se destaca um benefício concreto. Mas, muitas vezes, não ocorre a consciência de uma real e atual necessidade. Ou, então, não se vislumbra a satisfação concreta de uma necessidade consciente. Ou, em outra hipótese, não se acredita na possibilidade de se verificar um efetivo benefício em razão de determinada atitude.
  
 Sair da concha, abandonar a zona de conforto é uma providência absolutamente necessária para a manutenção de uma vida digna, plena de qualidade, satisfação e conforto. Parece paradoxal sair da zona de conforto para conquistar maior conforto. Mas é exatamente isto o que acontece: a estagnação conduz ao desconforto, a uma vida marginal, sem sentido.
  
 Para alcançar a plena realização, em todos os sentidos, o ser humano precisa estar sempre em movimento, em ação. Necessita descobrir novidades, participar da vida em comunidade, da política local e nacional. Precisa agregar valor a si e aos outros, contribuir, de alguma forma, para o progresso da humanidade.
 Ramiro Sápiras




RESPEITO MÚTUO

Compadece-te dos que não pensam com as 
tuas idéias e não lhes encareces a vida em tua
 própria vida, afastando-os da senda a que foram convocados.

Chamem-se pais ou filhos, cônjuges ou irmãos,
amigos ou parentes, companheiros e adversários, 
diante de ti, cada um daqueles que te compartilham a existência é uma criatura de Deus,
 evoluindo em degrau diferente daquele 
em que te vês.

Ensina-lhes o amor ao trabalho, a fidelidade
 ao dever, o devotamento à compreensão
 e o cultivo da misericórdia, que isso é dever
 nosso, de uns para com os outros, entretanto, 
não lhes cerres a porta de saída para os 
empreendimentos de que se afirmam
 necessitados.


Habituamo-nos na Terra a interpretar por 
ingratos aqueles entes queridos que aspiram 
a adquirir uma felicidade diferente da nossa, 
entretanto, na maioria das vezes, aquilo que
 nos parece ingratidão é mudança do rumo 
em que lhes cabe marchar para a frente.


Quererias talvez titulá-los com os melhores 
certificados de competência, nesse ou naquele
 setor de cultura, no entanto, nem todos vieram 
ao berço com a estrutura psicológica indispensável 
aos estudos superiores e devem escolher 
atividades quase obscuras, não obstante 
respeitáveis, a fim de levarem adiante a
 própria elevação ao progresso.


Para outros, estimarias indicar o casamento
 que se te figura ideal, no campo das afinidades 
que te falam de perto, no entanto, lembra-te 
de que as responsabilidades da vida a dois 
pertencem a eles e não a nós, e saibamos 
respeitar-lhes as decisões.


Para alguns terás sonhado facilidades
 econômicas e domínio social, contudo,
 terão eles rogado à Divina Sabedoria estágios
 de sofrimento e penúria, nos quais 
desejem exercitar paciência e humildade.


Para muitos terás idealizado a casa
 farta de luxuosa apresentação e não 
consegues vê-los felizes senão em telheiros 
e habitações modestas, em cujos recintos 
anseiam obter as aquisições de simplicidade 
de que se reconhecem carecedores.


Decerto, transmitirás aos corações que amas
 tudo aquilo que possuis de melhor, no entanto,
 acata-lhes as escolhas se te propões a vê-los felizes.
Respeita os pensamentos e afinidades 
de cada um e aprende a esperar.
Todos estamos catalogados nas faixas de
 evolução em que já estejamos integrados.


Se entes queridos te deixam presença e
 companhia, não lhes conturbes a vida 
nem te entregues a reclamações.


Cada um de nós é atraído para as forças 
com as quais entramos em sintonia.
E se te parece haver sofrido esse ou aquele 
desgaste afetivo, não te perturbes e continua
 trabalhando na seara do bem.


Pelo idioma do serviço que produzas,
 chamarás a ti, sem palavras, 
novos companheiros 
que te possam auxiliar e compreender.


Não prendas criatura alguma aos teus pontos
 de vista e nem sonegues a ninguém 
o direito da liberdade de eleger os seus 
próprios caminhos.


Se as tuas afinidades pessoais ainda
 não chegaram para complementar-te 
a tranqüilidade e a segurança é que 
estão positivamente a caminho.


E assim acontecerá sempre, porque fomos 
chamados a amar-nos reciprocamente 
e não para sermos escravos uns dos outros, 
porque, em princípio, compomos uma família
 só e todos nós somos de Deus.
(Emmanuel)


Conhecidos de Vista

Recado Facebook Amor é Dedicar-se um ao Outro
Conhecem-se há meses de vista, do bairro onde vivem, 
de se verem na rua, no supermercado, no café, de passearem os cães no jardim. Ela mora dois prédios ao lado do dele, 
não sabe o seu nome, nem o que faz, mas conhece-lhe algumas rotinas, já ouviu a sua voz, aprecia a forma de ele se vestir. Acha-o atraente e fica atenta quando o vê. 

Ele gosta de levar um livro consigo quando vai com o cão
 ao jardim. Senta-se num banco a ler, mas, se ela chega, 
não consegue concentrar-se. Finge que lê, espreita-a por cima do livro, maravilhado com o seu jeito distraído de caminhar num vaivém constante enquanto fala ao
 telemóvel, rodando o vestido numa volta graciosa ao fim
 de alguns passos casuais. Adora o seu sorriso encantador, o modo como inclina a cabeça para trás e lança um risinho espontâneo para o ar a meio da conversa. 

É sábado, estão sentados numa esplanada do jardim, 
ambos sozinhos, em mesas próximas, frente a frente.
 Ela pede um café, deita o açúcar, mexe-o demoradamente com a colher, distraída a observá-lo a ler o jornal.
 Fantasia que ele vai erguer os olhos a qualquer instante 
e surpreendê-la a olhar, que lhe sorri e se levanta 
para ir à sua mesa apresentar-se. Sorri com a ideia
 no momento em que ele levanta os olhos do jornal,
 mas apressa-se a desviar os seus, a virar a cara,
com vontade de rir. 

Ele repara que ela desvia o olhar, volta a página 
do jornal, baixa os olhos por um segundo e torna a olhar. 
Ela não se atreve a fitá-lo, concentra-se na chávena de
 café à sua frente. Ele imagina-se a ir ter com ela para 
meter conversa. Por um instante, sente-se tentado, 
pergunta-se se teria coragem. Porque não?, pensa. Mas então ela chama o empregado para lhe pedir a conta e o momento passa. Ele deixa-se estar sentado e ela vai-se embora. 
No domingo cruzam-se no átrio de um cinema. Estão ambos acompanhados, vão a salas diferentes. Sustêm a respiração a escassos metros um do outro, os seus olhos fixam-se num espanto recíproco, num relâmpago eterno, e, pela primeira vez, assumem um reconhecimento mútuo, pois ele sorri-lhe e ela faz-lhe uma vénia ligeira com a cabeça, de um modo divertido. 
A meio da semana ele vai almoçar com um cliente importante a um restaurante requintado da moda e lá 
está ela para o receber, sorridente, desinibida, dona de
 um caderno onde escreve à mão e opõe vistos nos 
nomes das pessoas que chegam com mesa marcada. 

É relações públicas e veste-se de forma discretamente elegante, uma camisa preta, uma saia arroxeada 
de seda. Parece que nos encontramos em todo o lado, comenta ele, encantado por a ver. Ela ri-se, é o 
destino, graceja. 

Dois dias mais tarde, ele chega ao jardim, solta 
a trela do cão e este corre para junto do dela. 
Ele aproxima-se dela, sentada num banco, aponta
 para o lugar ao seu lado, ela faz-lhe sinal com a mão 
para que se sente. Agora que já sabe o meu nome, 
diz ele, gostava de saber o seu. Ela ri-se, diz como se
 chama e depois começam a falar com naturalidade, 
como se se conhecessem desde sempre. 

Tiago Rebelo, in " Breve História de Amor"

Nenhum comentário: