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segunda-feira, 16 de julho de 2012

NOTAS E ESPERANÇAS

NOTAS DE ESPERANÇAS
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Foi num jornal de grande circulação que lemos a incrível história do violinista Isaac Perelman.

No dia 18 de novembro de 1995, Isaac Perelman se apresentou no Lincoln Center em Nova Iorque. Às oito horas daquela noite, Isaac Perelman pisou o palco.

O que para a maioria das pessoas seria uma tarefa simples, para Isaac este momento sempre representava um tremendo esforço.
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Apoiado por aparelhos ortopédicos presos às suas pernas e em duas muletas, Isaac caminhou, como sempre fazia, lentamente, em passos penosos, porém, sem perder a majestade.

O público em geral já estava acostumado a esta cena, fruto de uma poliomielite que o atingiu ainda em sua infância.

Isaac se aproximou da cadeira, se sentou, desatou os aparelhos ortopédicos, deixou as muletas ao seu lado, no chão.
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Com o auxílio das mãos, encolheu uma perna para trás, esticou a outra para a frente.

Em seguida, retirou seu precioso violino da caixa, colocou-o sobre o ombro, apoiado em uma das mãos.

Com a outra mão segurou o arco, e apontou para o regente da orquestra, indicando que ele começasse.

O que se viu em seguida, como de hábito, foi a genialidade de um homem através de seu violino, embalando o público com acordes de talentosa maestria.
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De repente se ouviu um estalo!

Uma das quatros cordas do violino havia se rompido!

Todos olharam, em silêncio absoluto, para Isaac.

Ele fechou os olhos, respirou profundamente, levantou o arco, pedindo ao regente que continuasse no exato ponto em que haviam parado.
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E Isaac tocou com incrível paixão, criando em sua mente, em sua alma, notas e acordes, de forma a produzir os mesmos sons da partitura original.

O público quase não podia acreditar. Isaac estava tocando a mesma sinfonia com um violino com três cordas.

Quando terminou, o público se ergueu e não parava mais de aplaudir.

Finalmente, os aplausos cessaram a pedido do violinista. As palavras que ele pronunciou tinham a doçura da convicção e continham uma grande lição:

Um músico deve produzir sonoridade com aquilo que lhe resta.

* * *
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Todos somos músicos no concerto da vida. Mesmo com o coração dilacerado, as cordas dos sentimentos quebradas, é preciso continuar a executar as notas musicais.

Podem ser notas simples, isoladas, mas que aos poucos formarão uma melodia.
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E embalados pela melodia da nossa própria dor haveremos de encontrar forças para executar a bela sinfonia da vida.

Mesmo que os dias amanheçam chuvosos e frios. Mesmo que o amor tenha partido. Mesmo que tenhamos ontem acompanhado os corpos dos nossos amores ao cemitério.
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Continuemos tocando a melodia e descobrindo as notas de esperança que a vida nos oferece, no sorriso de uma criança, na mão de um amigo, no abraço carinhoso de um companheiro.
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CONVIVÊNCIA É UMA ARTE

ISTO TAMBÉM PASSARÁ
A conversa informal durante o café da manhã foi mais uma oportunidade de aprendizado para os que ouviam aquela senhora de semblante calmo e cabelos embranquecidos pelas muitas primaveras já vividas.

Ela pôs o café e o leite na xícara e alguém lhe ofereceu açúcar. Mas a senhora agradeceu dizendo que não fazia uso de açúcar. Alguém alcançou-lhe rapidamente o adoçante, por pensar que deveria estar cumprindo alguma dieta.
Mas ela agradeceu novamente dizendo que tomava apenas café com leite, sem açúcar nem adoçante dietético.

Sua atitude causou admiração, pois raras pessoas dispensam o açúcar. Mas ela contou a sua história.

Disse que logo depois que se casara havia deixado de usar açúcar. Imediatamente imaginamos que deveria ser para acompanhar o marido que, por certo, não gostava de doce.
Mas aquela senhora, que agora lembrava com carinho do marido já falecido há alguns anos, esclareceu que o motivo era outro.

Falou de como o seu jovem esposo gostava de açúcar, e falou também da escassez do produto durante a segunda guerra mundial.

Disse que por causa do racionamento conseguiam apenas alguns quilos por mês e que mal dava para seu companheiro.
Ela, que o amava muito, renunciou ao açúcar para que seu bem amado não ficasse sem.

Declarou que depois que a guerra acabou e a situação se normalizou, já não fazia mais questão de adoçar seu café e que havia perdido completamente o hábito do doce.

Hoje em dia, talvez uma atitude dessas causasse espanto naqueles que não conseguem analisar o valor e a grandeza de uma renúncia desse porte.
Somente quem ama, verdadeiramente, é capaz de um gesto nobre em favor da pessoa amada.

Nos dias atuais, em que os casais se separam por questões tão insignificantes, vale a pena lembrar as heroínas e os heróis anônimos que renunciaram ou renunciam a tantas coisas para fazer a felicidade do companheiro ou companheira.

Nesses dias em que raros cônjuges abrem mão de uma simples opinião em prol da harmonia do lar, vale lembrar que a vida a dois deve ser um exercício constante de renúncia e abnegação.
Não estamos falando de anulação nem de subserviência de um ou de outro, mas simplesmente da necessidade de relevar ou tolerar os defeitos um do outro.

Não é preciso chegar ao ponto de abrir mão de algo que se goste por mero capricho ou exigência do cônjuge, mas se pudermos renunciar a algo para que nosso amor seja feliz, essa será uma atitude de grande nobreza de nossa parte.
Afinal de contas, o verdadeiro amor é feito de renúncia e abnegação senão não é amor, é egoísmo.

Se entre aqueles que optaram por dividir o lar, o leito e o carinho a dois, não existir tolerância, de quem podemos esperar tal virtude?

Se você ainda não havia pensado nisso, pense agora.

Pense que, quando se opta por viver as experiências do casamento, decide-se por compartilhar uma vida a dois e isso quer dizer, muitas vezes, abrir mão de alguns caprichos em prol da harmonia no lar.
Se você só se deu conta disso depois que já havia se casado, lembre-se de que a convivência é uma arte e um desafio que merece ser vivido com toda dedicação e carinho. Pois quando aprendermos a viver em harmonia dentro do lar, estaremos preparados para viver bem em qualquer sociedade.

DÁDIVAS

NOSSAS DÁDIVAS
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O sol buscava a linha do horizonte, e o manto escuro da noite já se espalhava pelos campos, quando o trabalhador deixou a lavoura e tomou o caminho de volta para casa.

Caminhava a passos largos com a colheita do dia às costas, quando notou que em sentido contrário vinha luxuosa carruagem revestida de estrelas.

Contemplando-a fascinado, viu-a parar junto dele e, quase assustado reconheceu a presença do Senhor do Mundo, que saiu dela e estendeu-lhe a mão a pedir-lhe esmolas...
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O quê? refletiu espantado.

O Senhor da Vida a rogar auxílio a mim que nunca passei de mísero escravo na aspereza do solo?

Mas como o Senhor continuava esperando, mergulhou a mão no alforje de trigo que trazia e entregou ao divino pedinte apenas um grão da preciosa carga.

O Senhor agradeceu e partiu.

Quando, porém, o pobre homem do campo voltou a si do próprio assombro, observou que doce claridade vinha do alforje poeirento...

O grão de trigo, do qual fizera sua dádiva, tornara à sacola transformado em uma pedra de ouro luminescente...

Deslumbrado gritou:

Louco que fui!... 
Por que não dei tudo o que tenho ao Senhor da Vida?
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O apólogo retrata um pouco da atual realidade da Terra.

Quando o materialismo compromete edificações veneráveis da fé, no caminho dos homens, o Cristo pede cooperação para a sementeira do Seu Evangelho junto ao Seu rebanho sofrido.

No entanto, nós costumamos agir como o lavrador.

Não estamos dispostos a ofertar a nossa dádiva em benefício do bem comum. E quando fazemos, damos apenas uma pequena migalha.
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O Senhor da Vida não necessita das coisas materiais porque todas lhe pertencem, no entanto, solicita a nossa auto-doação em prol da edificação de um mundo moralmente melhor.

Assim como o verme executa sua tarefa embaixo do solo, a chuva e o vento fazem seu papel no contexto da natureza.

Assim como o sol, a lua e os demais astros trabalham para que haja harmonia no Universo...

Assim como as abelhas e outros insetos fazem a tarefa da polinização, possibilitando a fecundação da vida..

Assim também o Senhor da Vida espera de nós a dádiva da polinização do seu amor junto aos Seus filhos.
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A pequena dádiva da paciência e da tolerância...

A esmola convertida em salário justo, dignificando o homem...

Uma migalha de afeto doada com sinceridade...

O sorriso capaz de despertar a alegria em alguém...

Um minuto de atenção a um enfermo solitário...
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A palavra sincera capaz de esclarecer e consolar...

Uma semente de esperança plantada no coração de alguém que sofre... São nossas pequenas dádivas que se converterão em luz a iluminar nossa própria caminhada.

Pense nisso!
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FAÇA A SUA PARTE

TRABALHE COM DEUS
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Você já pensou em como pode colaborar com Deus? 

Já se perguntou alguma vez o que o Criador espera de você? 

É comum ouvirmos pessoas dizendo que só a Deus cabe o destino das criaturas e das nações, mas, será que Deus não espera que façamos a parte que nos cabe? 

É verdade que só Deus pode criar, mas você pode valorizar o que ele criou, começando por valorizar-se a si mesmo. 

Só Deus pode dar a vida, mas você pode respeitá-la e honrá-la, dando-lhe valor e utilidade. 

Só Deus pode dar a saúde, mas você pode preservá-la e orientar os outros para que também a preservem, a valorizem. 

Só Deus pode criar a fé mas você pode cultivá-la através do estudo das leis que regem o universo, e dar o seu testemunho na hora que Deus lhe solicitar. 

Só Deus pode infundir a esperança, mas você pode restituir a confiança ao irmão em desespero, evitando comentários desagradáveis que não levam a nada e nada constroem. 

Só Deus pode criar as flores, mas você pode se encarregar de espalhar o seu perfume. 

Só Deus conhece a essência do amor, mas você pode aprender a amar e ensinar o amor amando tudo o que Deus criou. 

Só Deus cria o tempo, mas você pode valorizar as horas utilizando-as para grandes realizações. 

Só Deus pode criar a paz, mas você pode semear a união e pacificar o mundo a sua volta, começando pela própria intimidade. 

Só Deus cria a alegria, mas você pode sorrir a todos e fazer-se alegre para amenizar a dor do seu semelhante. 

Só Deus pode criar a força, mas você pode conquistar a fortaleza e amparar quem se sente fraco a continuar caminhando. 

Só Deus é perfeito, mas você pode buscar a perfeição em tudo o que faz. 

Só Deus é a luz, mas você pode refleti-la através das boas obras, vivendo com dignidade onde quer que se encontre. 

Só Deus é a vida mas você pode restituir aos outros o desejo de viver, semeando flores nos caminhos por onde passar. 

Só Deus pode acender as estrelas, mas você pode fazer-se uma pequena chama a clarear a noite escura de quem segue a seu lado. 

Só Deus pode fazer o que parece impossível, mas você pode fazer o possível, realizando a parte que lhe cabe na construção de um mundo melhor. 

É verdade incontestável que Deus tudo pode, mas, sem dúvida, ele preferiu contar com você... 

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Deus, Pai amoroso e bom, coloca à nossa disposição todos os talentos de que necessitamos para construir a felicidade tão desejada. 

Mas, como Pai justo e misericordioso, permite que conquistemos o mérito do aprendizado pelo próprio esforço. 

Deus quer que cada um dos seus filhos caminhe com as próprias pernas e aprenda tudo o que lhe diz respeito para a aquisição da felicidade suprema e da perfeição relativa que a todos nos aguarda.
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O CÁLICE

O CÁLICE DAS PÉROLAS

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Era uma vez... As histórias maravilhosas começam assim. Não importa o tamanho delas. Se começam por era uma vez, são sempre maravilhosas.


Pois era uma vez um homem. Um homem pobre que de precioso só tinha um cálice.

Nele, ele bebia a água do riacho que passava próximo à sua casa. Nele, bebia leite, quando o conseguia, em troca de algum trabalho.

Era pobre, mas feliz. Feliz com sua esposa, que o amava. Feliz em sua pequena casa, que o sol abraçava nos dias quentes, tornando-a semelhante a um forno.

Feliz com a árvore nos fundos do terreno, onde escapava da canícula.

Saía pelas manhãs em busca de algum trabalho que lhe garantisse o alimento a ele e à esposa, a cada dia.

Assim transcorria a vida, em calma e felicidade. Nas tardes mornas, quando retornava ao lar, era sempre recebido com muita alegria.

Era um homem feliz. Trazia o coração em paz, sem maiores vôos de ambição.

Então, um dia... Sempre há um dia em que as coisas acontecem e mudam o rumo da História.

Pois, nesse dia, nem ele mesmo sabendo o porquê, uma lágrima caiu de seus olhos, dentro do cálice.

De imediato, o homem ouviu um pequeno ruído, como de algo sólido, que bateu no fundo do recipiente.

Olhou e recolheu entre os dedos uma pérola. Sua lágrima se transformara em uma pérola.

Então, o homem pensou que poderia ficar muito rico se chorasse bastante.

Como não tinha motivos para chorar, ele começou a criá-los. Precisava se tornar uma pessoa triste, chorosa, para enriquecer.

Com o dinheiro da venda das pérolas pensava comprar lindas roupas para sua esposa, uma casa mais confortável, propriedades, um carro.

E assim foi. Ele começou a buscar motivos para ficar triste e para chorar muito.

Conseguiu muitas riquezas. Ele poderia tornar a ser feliz. No entanto, desejava mais.

As pequenas coisas que antes lhe ofertavam alegrias, agora, de nada valiam.

Que lhe importava o raio de sol para se aquecer no inverno? Com dinheiro, ele mandou colocar calefação interna em toda sua residência.

Por que aguardar os ventos generosos para arrefecer o calor nos dias de verão? Com dinheiro, ele pediu para ser instalado ar condicionado em toda a sua casa.

E no carro, e no escritório que adquiriu para gerir os negócios que o dinheiro gerara.

E a tristeza sempre precisava ser maior. Do tamanho da ambição que o dominava.

Nunca era o bastante. Os afagos da esposa, no final do dia e nos amanheceres de luz deixaram de ser imprescindíveis.

Ele não podia perder tempo. Precisava chorar. Precisava descobrir fórmulas de ficar mais triste e derramar mais lágrimas.

Finalmente, quando o homem se deu conta, estava sem esposa, sem amigos. Só... Com seu dinheiro, toda sua imensa fortuna.

Chorando agora, estava tão desolado, que nem mais se importava em despejar o dique das lágrimas no cálice.

A depressão tomara conta dele e nada mais tinha significado.

A história parece um conto de fadas. Mas nos leva a nos perguntarmos quantas vezes desprezamos os tesouros que temos, indo à cata de riquezas efêmeras.

Pensemos nisso e não desperdicemos os valores verdadeiros de que dispomos. Nem pensemos em trocá-los por posses exageradas.

A tudo confiramos o devido valor, jamais perdendo nossa alegria.

Haveres conquistados à troca de infelicidade somente geram infelicidade.

(O caçador de pipas, de Khaled Hosseini)